quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Um texto esquecido num caderno velho

Mês passado estava mexendo no caderno que usei no último semestre e achei um texto inacabado, li, achei que merecia um final. Depois de terminado, fechei o caderno e pensei "depois eu posto no blog". Pois é, eu esqueci, e acabei publicando outro texto. Mas, como estou sem sono (normal) decidi trazer de volta meus antigos devaneios esquecidos num caderno do ano passado. Espero que faça algum sentido.

Cá estou eu refletindo sobre as relações humanas. Fico pensando em como as pessoas tem defeitos tão insuportavelmente gritantes e mesmo assim tem ao seu redor pessoas que as entendam e gostam delas. Penso em como é possível não se ver, por exemplo, a falsidade de certas pessoas, bom, para isso eu acho que tenho, graças a Deus, uma sensibilidade especial, pois geralmente reconheço um falso de longe e também acho fácil perceber (mas não sempre) quando tem alguém se iludindo, mas apesar de tudo ainda espero pelas provas de que aquele meu feeling em relação àquela pessoa está certo, isso evita que eu faça julgamentos precipitados. Essa minha sensibilidade à falsidade é, provável e possivelmente um dos principais segredos pras amizades que tenho. É simples de explicar: eu só me aproximo de pessoas provadamente sinceras, qualidade que mais admiro nas outras pessoas e em mim mesma e que, felizmente, meus sinceros amigos admiram em mim.
Outro grande segredo que vale pelo menos pra mim é a paciência, afinal, é ela que nos faz lidar com aqueles defeitos de que comecei falando. Os verdadeiros amigos toleram pacientemente de mal humor e grosserias à piadas feitas na hora errada. Claro que ninguém é de ferro e não dá mesmo pra aguentar tudo, é por isso que amigos brigam, mas amigos de verdade pacientemente fazem as pazes. Amizades não duram muito quando falta essa peça. Alguns amigos meus exigem de mim muita paciência e eu acredito que preciso dela, afinal, não vou querer que ninguém mude pra me agradar, porque eu não vou mudar pra agradar ninguém. Quem lida comigo precida de muita paciência pra aturar meus silêncios e minhas grosserias, e eu agradeço muito por essas pessoas nunca terem desistido de mim.

Eu terminava um texto com uma metáfora sobre as estruturas que formam uma construção sólida chamada amizade, mas ficou confuzo até pra mim então decidi terminar falando que sim, a sinceridade e a paciência são fundamentais, mas de nada servem numa amizade se nela não houver, amor, carinho, intimidade e compreenção, além de ouvidos dispostos e ombros à postos.

5 comentários:

enricows disse...

Muito bom! Sério. Concordo com você na parte "não vou querer que ninguém mude pra me agradar, porque eu não vou mudar pra agradar ninguém". Falou tudo. Parabéns pelo blog!

Comente também:
http://enricows.blogspot.com/

Cayo Nauan Siqueira disse...

Muito bom... a gente lê o texto todo cheio de coisas pra comentar mais quando eu vi a boo do monstros sa me perdi nos pensamentos hehehe mui bueno.

Thaisa Barros disse...

o texto está muito bom!!seu blog tb.

Lucas Adonai disse...

Tá muito bom!

Anônimo disse...

Nada como aprender das próprias experiências... Também tenho textos que esqueço muitas vezes e organização não é muito o meu forte.
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Gostei do seu blog. Seguindo e aguardando visita. Até o próximo post.
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tthebblog.blogspot.com